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sexta-feira, 18 de junho de 2010

CERVICALGIA E A INTERVENÇÃO DO PILATES

     A cervicalgia se refere a dor na região da coluna cervical. Normalmente, resulta de uma simples contratura muscular no pescoço, o conhecido torcicolo. Caso a dor permaneça por mais de uma semana, é importante dedicar mais atenção ao quadro.

    Os sintomas se instalam de forma lenta: rigidez nos movimentos, alteração na mobilidade, postura alterada como forma de compensação da dor. Além da dor na região do pescoço, também pode se estender ao ombro e aos membros superiores (cervicobraquialgia), além de poder apresentar alterações neurologicas como a modificação da sensibilidade, da força muscular, e nos reflexos em inserções musculares como a do punho, cotovelo e ombro. Normalmente se relaciona com a compressão da raiz nervosa da região cervical sub-axial. Recomenda-se atenção às dores com sinais neurológicos devido a possibilidade de infecções na coluna, compressões da medula espinhal, tumores, fraturas e outras patologias. Há casos também que prejudicam a marcha, alterações na fala, dor de cabeça, zumbidos, náuseas, visão turva, febre, sudorese, cansaço e perda de peso. É importante frisar que a cervicalgia é um dos sintomas da meningite.

Causas comuns de cervicalgia:

- Desordem mecânica, fatores posturais e ergonômicos, obesidade, fraqueza abdominal e estresse -Osteoartrose, artrite reumatóide;
- Traumas;
- Fraturas;
- Inflamações espondilite anquilosante;
- Infecções (meningite, caxumba, etc);
- Espondilite Anquilosante;
- Alterações da ATM (articulação têmporo-mandibular);
- Tumores;
- Alterações musculares congênitas;
- Estenose do Canal Vertebral;
- Hérnia discal.


     É rara a indicação cirúrgica em casos de cervicalgia. Geralmente, ocorre quando há piora neurológica no decorrer do tratamento, disfunção da medula espinhal ou quando a cervicalgia se dá como consequência de alguma patologia que tenha indicação de cirurgia como as relacionadas aos discos intervertebrais, traumas ou instabilidade de ligamentos. São procedimentos delicados, por isso é imprescindível que um médico competente e confiança seja consultado.

     Ao recomendar um tratamento à cervicalgia é importante avaliar os fatores que desencadeiam a dor, a duração dos sintomas e se há comprometimento neurológico. Quando a cervicalgia é caracterizada como um torcicolo, recomenda-se relaxantes musculares, calor local e alongamento da região. Na cervicalgia crônica podem ser utilizadas medicações para dor crônica, associadas a um programa de reabilitação. Quando há bloqueio de movimentos, a fisioterapia convencional pode contribuir com terapias passivas que visam a analgesia, aumentando o fluxo sanguíneo e diminuindo o espasmo muscular.

     A intervenção do PILATES é bastante efetiva tanto na estabilização da dor quanto na prevenção e orientação para evitar novas crises. Os exercícios baseados na respiração característica associada à contração e fortalecimento do CORE (grupos musculares da região central do corpo) promoverão a mobilização da região, além de equilíbrio muscular (flexibilidade e força) a fim de restabelecer o alinhamento postural e sobretudo da região cervical, estabilizando, fortalecendo e então protegendo toda a coluna vertebral. Os espaços intervertebrais também recebem atenção especial, serão restabelecidos ou mantidos preservando os espaços naturais dos nervos e gânglios, então participando da prevenção de lesões e novas crises.
Fonte: http://www.revistapilates.com.br